
O silêncio é artigo cada vez mais raro e inusitado nos tempos atuais. As pessoas ficam em silêncio por muitos motivos: para reter informações, para se sentirem superiores aos outros, para reprimir seus sentimentos, para frisar o que acabaram de dizer, para comunicar sentimentos com os olhos, para sentir melhor o que está acontecendo, para expressar uma censura, e assim por diante.
No Yoga existem várias ferramentas disponíveis que podemos aplicar em nosso dia-a-dia, e que têm como foco final a vivência do Silêncio Sagrado. Essa prática na Índia é chamada de mauna.
Busco vivenciar esse silêncio em todas as minhas práticas de Hatha Yoga, seja na prática de asanas, de pranayamas, no relaxamento e, principalmente, nos momentos destinados à meditação. E, sempre que experiencio essa sensação, é imenso o retorno, a energização sentida em todos os sistemas corporais, a sensação de tranqüilidade e completude.
Afinal, se no silêncio sagrado colocamo-nos fora da personalidade egóica, então, ele é tudo o que procuramos alcançar através do Yoga.
Pessoalmente, entro em contato com esse desafio na minha vida cotidiana e, apesar dificuldade consciente de permanecer nesse estado de êxtase, busco e mantenho-me conectada a essa busca diariamente, pois, certamente, todo esse “caminho” tem como objetivo alcançar a tão sonhada imobilidade para que se abra a dimensão da existência espiritual em nosso interior.