O Espaço Lotus pretende trazer você, que busca o autoconhecimento e uma vida simples e plena para um local em que se sinta alimentado e também possa alimentar outros nessa jornada que é a existência humana. É um espaço para divulgação de artigos que possam dar pequenas pinceladas às buscas constantes de qualidade de vida, mas também receber o que estiver em sintonia com a verdade e o amor. Um espaço de trocas. Deixe seu comentário, sugestão, contribuição e... Aproveite!
“As pessoas ficam doentes física e mentalmente. Para alguns, a vida é apenas um retardo para a morte; para outros, a morte é mais bem-vinda que a vida. Alguns levam uma vida miserável, incapazes de encarar a morte; outros se suicidam, por serem incapazes de encarar a vida. Estas experiências fazem você crescer por dentro. Se Deus não fez este mundo apenas para o sofrimento, e, se houver algo mais (e eu intuitivamente pressinto isso), eu o descobrirei."
Swami Sivananda

sábado, 5 de novembro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Yogaterapia!
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
YOGA & PESSOAS AGITADAS... É POSSÍVEL?!
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Falando de Hatha Yoga... Sindrome da Hipermobilidade Articular na Prática!
A Síndrome de Hipermobilidade Articular nas Práticas de Yoga


Joint Hypermobility Syndrome, (2010).
2. William C. Sheil Jr., MD, FACP, FACR, Hypermobility Syndrome
(Joint Hypermobility Syndrome), (4/29/2015).
sábado, 16 de abril de 2016
O Significado do Om
De todos os mantras, Om é o mais importante. Um mantra é, literalmente, “aquilo que protege a mente”. Uma vez cantados e repetidos, a mente é disciplinada e, como consequência, obtemos uma capacidade de observá-la, compreendendo como ela funciona, o que a faz reagir e como podemos fazer para lidar melhor com ela. O termo mantra é usado, rigorosamente, apenas para os versos dos Vedas, e tem sempre uma conotação devocional, descrevendo e elogiando este Todo que é Īśvara, “aquele que tudo governa”. Por este motivo, os mantras também protegem porque são um meio para enfraquecer nossos gostos e aversões; uma vez que não entoamos os mantras para satisfazer os desejos da mente, e sim nos relacionarmos com Īśvara, aqueles gostos e aversões perdem aos poucos sua força, e as reações por não obter os objetos de desejo também diminuem. E desta forma, o ego, com todas as suas projeções, se dobra, nos permitindo questionar sobre a verdade de nós mesmos.
Além disto tudo, os mantras são muito bem feitos, tendo sido recebidos pelos ṛṣis do passado, sendo transmitidos oralmente até os dias de hoje. De modo a mantê-los intactos, os mantras devem ser cantados rigorosamente na métrica correta. Os efeitos de tais métricas são vários, que incluem uma absorção da mente no canto, contribuindo para uma mente meditativa. Os mantras, quando corretamente entoados, eliminam pāpam, demérito, e os obstáculos são dissolvidos, abrindo caminho para uma mente discriminativa e preparada para o autoconhecimento.
Om também é chamado Praṇava, e deriva da raíz Av, “proteger”. Dentre todos os mantras, Om é aquele que mais protege. Todo mantra tem início com o Om; o próprio Veda tem como primeira sílaba o Om. Ele é considerado um bīja mantra, ou seja, um mantra semente, guardando em potencial outros mantras. Por exemplo, o bīja mantra “gam” está associado a Gaṇeśa, e guarda seus mantras em potencial. Da mesma forma o bīja “śrīm”, com Lakṣmī, e “aim”, com Sarasvatī. Mas, dentre todos, o Om é o maior bīja mantra. Ele guarda em potencial todo o Veda, com todos os seus mantras, e todo o conhecimento contido neles. É dito que o Om guarda todo o universo em potencial, sendo o primeiro som entoado por Brahmā, o criador, no momento da manifestação do Universo.
Por ser o maior bīja mantra, é dito que não se deve fazer Japa, a repetição em múltiplos de 108, com o Om. A consequência é um enorme impulso pela renúncia de tudo. Uma vez que vivemos em um mundo onde temos nossas obrigações, não seria adequado tal impulso, e por este motivo, a repetição de Om é recomendada apenas para os renunciantes. Para todos os demais, é dito que deve-se sempre repetir outro mantra que, naturalmente, incluirá o Om no início, como por exemplo Om Namaḥ Śivāya.
Om é formado por três letras: A – U – M. Entretanto, quando unimos a letra A com a letra U, em sânscrito, ambas se fundem na letra O. Por este motivo, escrevemos e entoamos OM, e não AUM.
Estas três letras originais carregam todo o ensinamento contido nos Vedas. A primeira letra, A, representa o início, o ato de criar, e por isto está associada a Brahmā; a segunda letra, U, representa o meio, o ato de manter e sustentar, e por isto está associado a Viṣṇu; a terceira, M, representa o final, o ato de dissolver e destruir, estando associado a Śiva. Desta forma, temos um primeiro significado do Om, representando Īśvara na forma da conhecida Trimūrti, a trindade hindu. A repetição do Om, então, representa o processo constante de manifestação e dissolução do universo.
A letra A é o som mais básico para começar a falar; representa o ato de abrir a boca, e por isto está associada ao início de qualquer palavra. O M representa o ato de fechar a boca, ao terminar de falar, e por isto está associado ao final de qualquer palavra. A letra U representa todas as outras letras existentes. Desta forma, Om inclui todas as palavras possíveis, que necessariamente começam com o abrir da boca e terminam com o fechar da boca. Porém, a tradição ensina que todos os objetos nada mais são que nomes e formas; desta maneira, todos os objetos estão inclusos no Om. E o que é o Universo senão todos os objetos, todos os nomes e formas? Assim, Om representa este Universo, o Todo, Īśvara.
As três letras também significam os três guṇas: sattva, rajas e tamas. O primeiro refere-se a conhecimento e discriminação; o segundo a ação e movimento; o terceiro a inércia e ignorância. A combinação destas três tendências constituem todo o Universo, com suas constantes modificações. Desta forma, o Om novamente representa este Īśvara, na forma dos três guṇas.
Complementando o significado, temos que A – U – M representam os três períodos de tempo – passado, presente e futuro; os três mundos – Bhūḥ, Bhuvaḥ, Suvaḥ; os três “corpos” de Īśvara, que são o universo físico, o sutil e o causal. De fato, o número 3 surge constantemente dentro do simbolismo védico, se manifestando de forma grandiosa no Om. Todos estes significados nos remetem a Īśvara, o todo.
Porém, o Om também nos remete a Jīva, o indivíduo, que também é constituído dos três guṇas; também tem três corpos, o grosso, o sutil e o causal; e que vive os três estados de experiência – acordado, sonhando e dormindo.
Qual a relação fundamental entre Jīva, o indivíduo, e Īśvara, o Todo? Os Vedas nos oferecem o conhecimento sobre esta relação, que também é representado no Om. A – U – M são os três Vedas, Ṛg, Sāma e Yajur, que contêm todo o conhecimento (Atharva, sendo um Veda um pouco diferente dos demais, tradicionalmente é omitido da lista simbólica). Também representam as três etapas do ensinamento – śravaṇam, o escutar as palavras dos Vedas a partir de um mestre versado; mananam, o questionar estas palavras de modo a eliminar todas as dúvidas, conduzindo a um entendimento claro; e nididhyāsana, a contemplação daquilo que foi entendido, para que o conhecimento seja estabelecido na mente do estudante com firmeza. E, finalmente, representam o estudante (A), o guru (M) e a conexão entre ambos (U), que é o processo de ensinamento.
E no que consiste este conhecimento? Os Vedas ensinam que o indivíduo e o Todo são o mesmo. Como isto é possível? Na repetição do Om, o mantra surge, permanece um tempo, e se dissolve. Depois, surge novamente, se mantém e se dissolve. Este ciclo, assim como a manifestação e dissolução do universo, é constante, não tendo início nem fim. Entretanto, o que existe entre duas repetições? Uma mera ausência do som?
Quando repito um mantra, este mantra é pensamento. No momento do pensamento, estou presente. Isto é claro, porque normalmente nos identificamos com nossa mente. Mas e entre as duas repetições? Neste momento, só há silêncio. Nenhum pensamento está presente, mas ainda assim eu estou presente. Desta forma, concluímos facilmente que eu não sou pensamento, não sou a mente, uma vez que na ausência de pensamento eu ainda estou presente.
Se estou presente no momento do silêncio, então o silêncio não é uma mera ausência de pensamentos, mas sou eu mesmo. O silêncio é aquilo que é livre das formas, livre de limitação, livre de qualidades. Se antes de uma repetição há silêncio, e depois também há silêncio, o que me diz que durante a repetição não há silêncio? Se estou presente durante o silêncio, e sei que estou presente durante o pensamento, então estou presente todo o tempo. Este silêncio, portanto, existe sempre, sendo eterno, sem início e sem fim; dele os pensamentos surgem, nele os pensamentos se dissolvem. Todo o universo é nome e forma, mas todo nome e forma é pensamento. Portanto, todo o universo surge do silêncio, e se dissolve no silêncio. Assim, este silêncio é a verdade de Īśvara, o Todo, e a verdade de Jīva, o indivíduo. O conhecimento que os Vedas transmitem é que este Īśvara e eu somos o mesmo, livre de limitação, eterno; Sat, Cit, Ānanda – Existência, Consciência, Plenitude. Este Absouto, chamado Brahman, é Om, e este Om sou eu.
Desta forma, Om carrega todo o conhecimento. Meditando sobre ele, o indivíduo é capaz de descobrir a verdade sobre si mesmo.
Om Tat Sat
Por Patrick van Lammeren
Patrick van Lammeren é discípulo da professora Gloria Arieira desde 2004. Dá aulas de Vedānta e simbolismo védico e faz parte da equipe do Centro de Estudos Vidya Mandir
sábado, 26 de março de 2016

Sede passantes
Este tema da passagem é o tema da Páscoa.
Pessah em hebraico, quer dizer passagem.
A passagem, no rio, de uma margem à outra margem,
a passagem de um pensamento a outro pensamento,
a passagem de um estado de consciência
a outro estado de consciência.
A passagem de um modo de vida
a um outro modo de vida.
Somos passageiros.
não se constrói sua casa sobre uma ponte.
Temos que manter, ao mesmo tempo,
as duas margens do rio, a matéria e o espírito,
o céu e a terra, o masculino e o feminino e
fazer a ponte entre estas nossas diferentes partes,
sabendo que estamos de passagem.
É importante lembrar-se do carácter passageiro de nossa existência,
da impermanência de todas as coisas,
pois o sofrimento geralmente é de querermos fazer durar
o que não foi feito para durar.
é a abertura do coração humano ao coração divino.
É a passagem da escravidão para a liberdade,
passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus,
do Egito para a terra Prometida.
Mas não é preciso temer o Mar Vermelho.
O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações.
Temos que atravessar todas estas ondas, todas estas tempestades,
para tocar a terra da liberdade,
o espaço da liberdade que existe dentro de nós.
Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite
para continuarmos nosso caminho
a partir do lugar onde algumas vezes paramos.
Observemos o que pára a vida em nós,
o que impede o amor e o perdão,
onde se localiza o medo dentro de nós.
É por lá que é preciso passar, é lá o nosso Mar Vermelho.
Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz,
não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida.

Jean Yves Leloup
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Quem Está Desafiando O Quê? E Por quê?

14 Feb 2016
Traduzido por Glaucia Cantergiani
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
YOGA NA GESTAÇÃO, Uma Manifestação de Amor!
O yoga também é excelente para a gestante porque desenvolve a respiração profunda e relaxante, o que se torna muito importante nas demandas físicas do trabalho de parto, nascimento e maternidade. Na verdade, uma das primeiras coisas que se aprende em uma aula de yoga é a respirar plenamente. A técnica de respiração conhecida como ujjáyí, por exemplo, requer uma inalação lenta pelas narinas, preenchendo os pulmões plenamente, e uma exalação completa até a compressão do estômago. Aprender esta técnica é muito útil para o trabalho de parto e nascimento do bebê, pois, além dos benefícios fisiológicos, ajuda a gestante a manter-se calma no momento mais necessário.
Quando estamos sentindo dor ou com medo, o corpo libera adrenalina e pode produzir menos ocitocina, o hormônio que faz o trabalho de parto progredir. A prática frequente de yoga ajuda a gestante a combater contra a vontade de se contrair ao sentir desconfortos e dores, ensinando-a como relaxar em vez disso.
De acordo com um relatório emitido em abril de 2009 pela Harvard Mental Health Letter, rigorosos estudos elucidaram provas científicas de que o yoga ajuda na lida do corpo com o estresse por diminuir as frequências cardíaca, respiratória e a pressão sanguínea.
Os benefícios do yoga não estão limitados ao bem-estar físico. Participar de uma aula de yoga para gestantes é uma ótima forma de encontrar outras gestantes, formar uma comunidade. Estar num ambiente positivo e acolhedor, convivendo com pessoas que estejam experienciando situações semelhantes, além de ser prazeroso, é um fator que proporciona motivação e ânimo para manter a prática.
Namaste!
Glaucia Cantergiani